O sábado, dia 5, iniciou como um típico dia de outono. O céu cinza e com uma brisa leve deu espaço ao sol que surgiu timidamente e aumentou as temperaturas neste Dia Mundial do Meio Ambiente, que em Camboriú foi marcado com o plantio de mudas árvores do Bosque da Memória Árvores da Saudade. A solenidade, que contou com a participação de diversas autoridades políticas, religiosas e da comunidade, foi uma homenagem às vítimas camboriuenses que perderam a vida por conta do Covid-19 e aos profissionais da saúde que atuam na linha de frente desta pandemia.
“Este é um momento simbólico e muito importante para a nossa Camboriú. Sabemos que o vírus do Covi-19 não escolhe as vítimas por idade, cor, credo ou classe social. No entanto, sabemos que cada qual sente a dor da perda a sua maneira, por isso, só quem perdeu um ente querido sabe o que significa realmente este momento, em que podemos trocar a dor pela saudade”, enfatizou emocionado o prefeito de Camboriú, Elcio Rogério Kuhnen, que na ocasião também agradeceu e parabenizou a todos os profissionais de saúde que atuam na linha de frente da pandemia.
O presidente da Associação da Foz do Rio Itajaí (AMFRI), Emerson Stein, também participou do evento e aproveitou a oportunidade para parabenizar a cidade de Camboriú. “Quero parabenizar o prefeito por este momento de reflexão, em que este ato simbólico manterá vivas as lembranças de todos os camboriuenses vitimas da pandemia. Aproveito para parabenizar também a todos os profissionais da saúde de Camboriú que ajudam a salvar vidas de moradores de Porto Belo e de toda a região”, ressaltou o presidente ao revelar que irá implantar um bosque memorial também na cidade de Porto Belo.
O bosque de Camboriú é o segundo memorial do Estado e fica Rua Tarci Testoni dos Santos, no bairro Centro. Com uma chuva de pétalas de rosas caídas de um helicóptero e ao som do músico argentino Alejandro Maraude e do músico chileno Alejandro Alarcom, da Escola de Música Harmonia, foram plantadas árvores nativas das espécies, ipê-branco, ipê-amarelo, canafístula, jacarandá-mimoso, manacá-da-serra. A ação foi promovida pela Fundação Municipal do Meio Ambiente (FUCAM) e faz parte da Campanha Nacional Bosques da Memória é realizada em conjunto ao PACTO pela Restauração da Mata Atlântica.
Para Carlos Alexandre Paulassi o bosque é uma forma de manter viva as lembranças de sua mãe. “Eu consegui me despedir dela por telefone, antes que a entubassem, mas estar aqui hoje é uma forma de eternizarmos suas lembranças”, salientou.
A mãe de Domício Prado Duarte, que foi professora por muitos anos em Camboriú, também foi uma das vítimas da pandemia. “É um momento muito importante, que ficará gravado para sempre em nossas memórias. Não vou a cemitérios, mas com certeza estarei sempre aqui visitando este bosque”, revelou.
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