O final de semana será de comemorações em Camboriú. A cidade do Divino Espírito Santo receberá mais uma celebração em homenagem ao dia de seu padroeiro. A 156ª Edição da tradicional Festa do Divino Espirito Santo será realizada nos dias 27, 28 e 29 de maio. Além de celebrar a fé e os dons do Espírito Santo, o evento promoverá a integração da comunidade por meio de comidas típicas e jogos. A festa é realizada pela Paróquia do Divino Espírito Santo e conta com o apoio da Prefeitura de Camboriú.
A festa do Divino Espirito Santo é considerada um patrimônio cultural e histórico material de Camboriú. Neste ano, com aprovação da Câmara de Vereadores, a Prefeitura vai investir cerca de R$150 mil. Os investimentos são para a estrutura do pavilhão montado em frente à Igreja Matriz que receberá os fiéis, além de tendas, contratação do som, iluminação, divulgação, telão de led, cadeiras e decoração.
No ponto de vista do pároco Márcio Alexandre Vignoli, a Festa do Divino Espírito Santo representa unidade, paz, valorização da família, cultivo da espiritualidade, adoração e louvor ao Espírito de Deus. “Por isso que essa festa é bem preparada, muito esperada e é celebrada com muita beleza e alegria – que são manifestações de Deus. Como fruto dessa festa, todos os recursos se destinam à caridade e à manutenção das obras sociais que a Paróquia realiza durante o ano todo junto a centenas de famílias, através de sua ação social”.
Programação:
O primeiro dia de festa será no sábado, dia 27. As comemorações começarão às 17h45min com a recepção do Cortejo Imperial, que sairá às 19h da Rua São Paulo, n° 177, rumo à Igreja do Divino Espírito Santo. Na Igreja Matriz será realizada a primeira Missa Solene da festa, às 19h30min. Para encerrar as festividades do sábado será promovido um jantar com roleta às 20h30min, no Salão Paroquial Cristo Rei.
No domingo as comemorações começam pela manhã e vão até a noite. A recepção do cortejo começará às 7h30min, com saída às 9h da Sede da APAE, localizada na Av. Minas Gerais, n° 666. Às 9h30min será iniciada a Missa Solene, na Matriz, e às 12h o almoço com churrasco e comidas típicas no Salão Paroquial. Durante a tarde, com início às 15h30min, será realizado um bingo com diversos prêmios, roleta e aviãozinho, também no Salão Paroquial. Às 19h30min será promovida a Santa Missa que encerra o segundo dia de comemorações.
A segunda-feira, dia 29, também receberá celebrações. O dia também será feriado municipal pois é a data que é celebrada a oitava do Divino Espírito Santo. Às 10h será realizada a última Santa Missa da 156ª Edição da festa. Para encerrar o evento, às 12h será a vez do tradicional almoço em celebração ao Divino Espírito Santo no Salão Paroquial
Origem:
Segundo o pároco, a Festa do Divino é a mais antiga expressão religiosa da cidade de Camboriú. Essa celebração começou em Camboriú ainda quando a sede da Paróquia, que anteriormente era na Barra, foi transferida para a Vila do Garcia (onde hoje é o Centro) e foi construída a primeira igrejinha dedicada ao Divino Espírito Santo. Foi trazido um Resplendor, que é uma Peça Sacra, de Portugal juntamente com uma coroa e o cetro do Império. Essa tradição foi trazida a Camboriú pelos açorianos.
A festa tem a sua fundamentação numa promessa que Santa Isabel de Portugal fez ao Espírito Santo no Século XIV, em favor de sua família que vivia numa guerra por causa da coroa. O pai Dom Diniz não queria que seu filho Dom Afonso assumisse o trono como herdeiro. Por isso, a família, o exército e o reino de Portugal se dividiram. Santa Isabel, chamada de Santa porque era uma rainha que se dedicava muito ao atendimento de pobres, fez a novena – nove dias em oração – pedindo ao espírito Santo pela unidade e paz em sua família.
O milagre se deu ao fim da novena. Quando os dois exércitos estavam no campo de batalha, pai e filho se reconciliam e se abraçam juntos com a mãe e assim estabeleceram a unidade e a paz no reino de Portugal. Isabel fez a promessa que todos os anos, durante a Festa de Pentecostes – a data da vinda do Espírito Santo, haveria uma festa com os cortejos. Na celebração, os populares iriam tomar parte daquilo que era da nobreza.
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