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Santa Catarina apresenta 2° maior crescimento em número absoluto da população no Censo 2022

Foto: Eduardo Valente / Secom

Com 7.609.601 moradores, 21,8% a mais que a população recenseada em 2010, Santa Catarina é o segundo estado que mais cresceu no país nos últimos 12 anos conforme o Censo Demográfico 2022, que o IBGE publica nesta quarta-feira, dia 28. A população representa 3,75% das 203 milhões de pessoas recenseadas no Brasil e passa a ser a 10ª do país, ultrapassando o estado do Maranhão.

Com 1,36 milhão de pessoas a mais, o estado teve o segundo maior crescimento absoluto, atrás apenas de São Paulo que teve um acréscimo de 3,2 milhões. Em termos percentuais, o crescimento de SC foi 3,3 vezes maior que o índice de crescimento nacional de 6,5%, e ficou atrás apenas de Roraima, que subiu 41,3%.

“Agora fica comprovado em dados como Santa Catarina é o melhor estado do país para se viver. Somos destaque na qualidade de vida, na geração de empregos, na preservação das nossas belezas naturais. Não é à toa que brasileiros de outros estados e estrangeiros querem vir morar em SC para se tornarem catarinenses”, afirma o governador Jorginho Mello.

A taxa de crescimento geométrico anual catarinense foi de 1,66%, ante os 0,52% da taxa nacional, também atrás apenas de Roraima, que cresceu 2,92% ao ano.

“A Secretaria do Planejamento vem acompanhando com atenção a evolução dos indicadores que sinalizam as tendências demográficas de Santa Catarina. É necessário avaliar de perto estes dados para que se possa programar o futuro de cada região e para que se possa promover o crescimento econômico vocacionado e sustentado. Quando falamos que este Governo é um que cuida de gente, é isto que temos em mente: a utilização de evidências para a construção de políticas públicas que tornem nosso estado bom para se trabalhar, para se investir, para se viver”, destacou o secretário do Planejamento Edgard Usuy.

Dos municípios catarinenses com mais de 100 mil habitantes, cinco ocuparam posições de destaque nacional. Com um crescimento de 85,3 mil habitantes e 62,1% frente a 2010, Palhoça aparece nos dois rankings dos 20 maiores crescimentos do Brasil, 8º em percentual e 18º em números absolutos. Florianópolis é o 7º município que mais cresceu no país em números absolutos, com 115,9 mil pessoas a mais, e Joinville o 13º, com 101 mil a mais. No ranking dos maiores crescimentos em percentual no país, Camboriú ficou em 7º, com uma população 65,3% maior que a de 2010; Itajaí em 14º, com 44% a mais, e Chapecó em 19º, crescendo 38,8% em relação ao último Censo.

Já no ranking dos dez maiores municípios catarinenses, Itajaí subiu da 7ª para a 5ª posição, passando Chapecó e Criciúma, e Palhoça foi da 10ª para 7ª, também passando Criciúma, além de Jaraguá do Sul e Lages. De todos os municípios catarinenses, os que mais cresceram foram Itapoá e Barra Velha que ultrapassaram o dobro de suas populações, com 108,3% e 102,7% respectivamente.

O Censo 2022 incluiu pela primeira vez os municípios de Balneário Rincão e Pescaria Brava, os dois mais novos municípios do Brasil, emancipados de Içara e Laguna, respectivamente, no Sul do estado, totalizando os 295 municípios catarinenses. Desses, 162 contabilizaram menos de 10 mil habitantes, onde reside 10% da população estadual, 759 mil pessoas. Por outro lado, 50,4% da população (3,8 milhões pessoas), reside nos 17 municípios catarinenses com mais de 80 mil habitantes, evidenciando a concentração da população nos municípios maiores.

Crescimento em todas as regiões

Todas as mesorregiões do estado apresentaram crescimento. Do maior para o menor, estão: Grande Florianópolis (33,5%), Vale do Itajaí (30,9%), Norte catarinense (19,2%), Sul Catarinense (16,8%), Oeste (13,1%) e região Serrana (4%). Dos 295 municípios catarinenses, 71 (24%) tiveram queda de população.

Com o acréscimo da população, a densidade demográfica catarinense de 79,5 habitantes por quilômetro quadrado cresceu 21,7% em relação aos 65,3 hab/km2 de 2010, e ficou 3,3 vezes maior que a densidade nacional, de 23,8 hab/km2. As maiores densidades estão em Balneário Camboriú, que apresenta 3 mil hab/km2, seguido por São José com 1,8 mil hab/km2 e Itapema, 1,3 mil hab/km2. As menores densidades são de Capão Alto, com 1,9 hab/km2; Painel, com 3 hab/km2 e Bom Jardim da Serra com 4,3 hab/km2.

De 2010 a 2022, população brasileira cresce 6,5% e chega a 203,1 milhões

  • A população do país chegou a 203,1 milhões em 2022, com aumento de 6,5% frente ao censo demográfico anterior, realizado em 2010. Isso representa um acréscimo de 12,3 milhões de pessoas no período.
  • De 2010 a 2022, a taxa de crescimento anual da população do país foi de 0,52%. Trata-se da menor taxa desde o primeiro Censo do Brasil, em 1872.
  • A região Sudeste tem 84,8 milhões de habitantes, o que representa 41,8% da população do país. Os três estados brasileiros mais populosos – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – concentram 39,9% da população brasileira.
  • A região Centro-Oeste é a menos populosa, com 16,3 milhões de habitantes, ou 8,0% da população do país.
  • Em 2022, as concentrações urbanas abrigavam 124,1 milhões de pessoas, 61%.
  • Cerca de 44,8% dos municípios brasileiros tinham até 10 mil habitantes, mas apenas 12,8 milhões de pessoas, ou 6,3% da população do país, viviam em cidades desse porte.

Em 1º de agosto de 2022, o Brasil tinha 203.062.512 habitantes. Desde 2010, quando foi realizado o Censo Demográfico anterior, a população do país cresceu 6,5%, ou 12.306.713 pessoas a mais. Isso resulta em uma taxa de crescimento anual de 0,52%, a menor já observada desde o início da série histórica iniciada em 1872, ano da primeira operação censitária do país. Os dados são dos primeiros resultados do Censo Demográfico de 2022, divulgados hoje (28) pelo IBGE.

Nos 150 anos que separam a primeira operação censitária da última, o Brasil aumentou a sua população em mais de 20 vezes: ao todo, um acréscimo de 193,1 milhões de habitantes. O maior crescimento, em números absolutos, foi registrado entre as décadas de 70 e 80, quando houve uma adição de 27,8 milhões de pessoas. Mas a série histórica do Censo mostra que a média anual de crescimento vem diminuindo desde a década de 60. “Em 2022, a taxa de crescimento anual foi reduzida para menos da metade do que era em 2010 (1,17%)”, afirma o coordenador técnico do Censo, Luciano Duarte.

Acesso à publicação e resultados

Todos os dados fazem parte dos Primeiros Resultados do Censo 2022, que estarão disponíveis no hotsite censo2022.ibge.gov.br, em tabelas na plataforma do Sidra e na Plataforma Geográfica Interativa – PGI, em mapa interativo para pesquisadores e usuários com perfil mais técnico, permitindo diferentes combinações e acessos mais específicos. A publicação contempla um conjunto de informações básicas com os totais populacionais e de domicílios no país e informações derivadas como média de moradores por domicílio e densidade demográfica, em diferentes níveis geográficos e recortes: Grandes Regiões, Unidades da Federação, Concentrações Urbanas com mais de 100 mil habitantes e Municípios. A média de não resposta ao Censo no estado foi de 3,24%, abaixo da nacional de 4,23%, e a de recusa de 0,82%, também abaixo do índice nacional de 1,38%.

Written by Nilton Bleichvel

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