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Camboriú divulga dados de abordagem a pessoas em situação de rua

Se só se vê bem com o coração, já que o essencial é invisível aos olhos, porque há tantos olhares de recusa e negação ao se deparar com pessoas que vivem em estado de rua na sociedade? Nesta quinta-feira, dia 19 é comemorado o Dia Nacional de Luta do Morador de Rua. De janeiro a 18 de agosto de 2021 a Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social, por meio do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), contabiliza 320 abordagens a pessoas que se encontram em estado de vulnerabilidade social nas ruas da cidade, sendo que desses muitos são reincidentes, cinco deles são idosos e 105 deles aceitaram ser encaminhados ao abrigo.

“Nosso maior objetivo é acolher essas pessoas, que muitas vezes se tornam invisíveis aos olhos da sociedade, e contribuir para que elas possam receber o apoio e atendimento que elas necessitam naquele momento para seguirem em frente. Nossa equipe está diariamente nas ruas da cidade realizando abordagens e atendendo a demanda de busca ativa, busca espontânea, por solicitação da comunidade ou da rede de atendimento, no entanto, nem sempre os abordados querem ser encaminhados”, ressalta o secretário Desenvolvimento e Assistência Social, Edson Godinho Mafra Junior.

Durante as abordagens são realizados os cadastros das pessoas atendidas e ofertado abrigo, o qual eles podem permanecer por até cinco dias. Nesse período, a equipe busca dar os encaminhamentos necessários, por exemplo, no caso da pessoa ser usuária de drogas a equipe busca vaga para que ele possa receber o tratamento necessário, ou somente para tomar banho, trocar de roupa, se alimentar e dormir em uma cama.

Segundo a Educadora Social do CREAS, Sonia Regina de Oliveira muitos abordados não aceitam ir para o abrigo e preferem ficar nas ruas por conta de suas dependências químicas ou alcoolismo.

“Ninguém resolve, de uma hora para outra, viver na rua. Todos têm algum motivo de estarem ali, quer seja por algum tipo de conflito familiar, dependência química e de álcool ou até mesmo pelo término de um relacionamento. No entanto, a população em situação de rua geralmente é ignorada. Quando as pessoas os veem dormindo em locais públicos ou em marquises, por exemplo, só querem tirá-los dali, pois é como se fizesse mal aos olhos. Dificilmente alguém para, busca conhecer a história, que na realidade todos na verdade têm”, salienta.

Written by Nilton Bleichvel

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