Conforme o combinado, estivemos na residência do Coronel Ronaldo, na tarde de segunda-feira (15), para um bate papo sobre política e seu projeto de pleitear uma das 19 cadeiras na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú.
Em sua confortável residência; no bairro das Nações, fomos recebidos com a cordialidade costumeira de Ronaldo e o filho Pedro, de 5 anos. O menino olha curioso e o pai responde, viu filho esse é o Pepa. A tv ligada num canal de desenhos animados da Pepa Pig explica a curiosidade do garoto.
Ronaldo aproveita para explicar o objetivo de sua participação na política. “É por causa dele, fala apontando em direção ao filho, que pretendo ser vereador. A princípio, são três pontos básicos, saúde, segurança e educação, além do turismo, lógico, que é a principal fonte econômica do município. A minha maior preocupação é o futuro da nova geração, as nossas crianças “.
Ronaldo (50 anos), hoje aposentado como coronel, chegou a Balneário Camboriú em 1993, para trabalhar como Aspirante à Oficial da Polícia Militar, na 2° Companhia do então 1° Batalhão, na rua Noruega. ” Tive orgulho de trabalhar com o saudoso coronel Cid Freitas da Silva e também com o coronel Julimar Dagostin, que chegou a ser sub- Comandante Geral da Polícia Militar de Santa Catarina e hoje é chefe de gabinete do prefeito Fabrício de Oliveira. O coronel Cid Frejtas trabalhou na Secretaria de Turismo e muito tempo depois de seu falecimento foi homenageado com seu nome dado ao prédio do 12° Batalhão, na rua México.
Ronaldo faz questão de frisar que na sua chegada à Balneário Camboriú o desafio maior era combater a criminalidade na baixa temporada com apenas quatro viaturas e outras duas para atender as ocorrências.
Além do combate à criminalidade, na época Ronaldo teve atuação intensa na política de segurança, junto aos conselhos de segurança, Conselho Municipal de Trânsito, Conselho Municipal de Drogas, trabalho de fiscalização de casas de excursão e ação redobrada no período de pré-temporada com efetivo reduzido, enfrentando os conflitos durante as madrugadas entre argentinos, paraguaios e uruguaios.
Seis anos depois, Ronaldo foi trabalhar junto ao Comando Geral, em Florianópolis, onde teve espaço na coordenadoria estadual do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência). Através de parcerias com a embaixada americana, desenvolveu projetos de expansão do Proerd para todo o Brasil. Hoje Santa Catarina é referência mundial no que diz respeito ao Proerd. Ronaldo é autor do juramento Proerd, proferido por milhões de crianças em todo o país.
O retorno à Balneário Camboriú ocorreu em 2004, para o 12° Batalhão, já na rua México . Então assume a Segunda Companhia da sede e se torna o segundo responsável pelo policiamento em Balneário Camboriú. Desenvolveu projetos específicos para a cidade, até o ano de 2006, quando lhe atribuíram uma nova missão: Jogos Pan Americanos, no Rio de Janeiro.
Chegou ao Rio de Janeiro em setembro de 2006, então capitão, designado pela Secretaria Nacional de Segurança Publica para trabalhar na preparação de 10 mil jovens de comunidades carentes. Esses jovens foram preparados com aulas de cidadania para facilitar o acesso dos visitantes aos setores dos jogos. “Eles também tiveram aulas básicas de inglês e espanhol. Foi realmente uma experiência muito interessante”, avalia Ronaldo, que permaneceu no Rio durante um ano e dois meses. No final de 2007, novamente em Balneário Camboriú, retornou às atividades de combate ao crime e participação ativa junto aos órgãos comunitários de prevenção à criminalidade. “Tivemos participação especial também , naquele período nas enchentes. Atuei em Itajaí, onde vivenciei uma triste realidade e cheguei a permanecer quase quatro dias sem dormir, devido à gravidade da situação emergencial “.
Outra experiência que recorda com orgulho diz respeito ao grupo dos dez mais perigosos (Top Ten) alguns com mais de 80 passagens pela Polícia. “Passaram a ser caçados com êxito nas operações realizadas , inclusive fui homenageado pela Câmara de Vereadores “.
” Meus únicos inimigos em Balneário Camboriú são os bandidos e a maioria está atrás das grades” ressalta o coronel.
No comando do 1° Batalhão de Itajaí, em 2016, comenta com satisfação, “apreendemos num ano mais de 2,5 toneladas de drogas, o equivalente a 1/4 de toda a droga apreendida pelas Polícias Militar e Civil em todo o território catarinense. Um verdadeiro recorde para um único batalhão “.
Ronaldo afirma que o Estado deveria investir mais no efetivo da Polícia Militar em Balneário Camboriú, que recebe apenas reforço do efetivo na temporada de verão, mas mantém a mesma estrutura de 15 anos atrás.
A questão partidária foi bastante analisada por Ronaldo ao tomar a decisão de ingressar a política. “ A escolha foi muito difícil , falei bastante com o Piriquito e o Fabrício, respeito os dois pelo o que já realizaram para o município, mas optei pela Direita, a linha do presidente Jair Bolsonaro. A Dileta sempre foi da direita, sempre foi Bolsonaro e eu optei por estar ao lado dela”, afirma Ronaldo.
No encerramento, o Coronel Ronaldo ressalta novamente que é pré -candidato a vereador porque “quero mostrar para o meu filho de 5 anos que o Brasil ainda tem jeito, quero ser exemplo. Graças a Deus sou bem resolvido financeiramente, não estou atrás de salário. Tenho 30 anos de ficha limpa na Polícia Militar, fato este que merece respeito. Sou filho de militar, irmão de militar e tenho uma dívida de trabalho com os cidadãos de Balneário Camboriú que, no ano passado, me concederam o título de Cidadão Honorário. Nesta cidade nasceu meu melhor presente, meu filho Pedro e por ela devemos trabalhar juntos”.
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