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Afinal, ainda devemos manter a esperança na classe política?

Marcos Oliveira / Agência Senado

Minha ausência em escrever colunas relacionadas a política é muito em virtude da decepção com nosso momento atual, com o passar do tempo, a falta de perspectivas melhores vão alimentando a decepção. Antes de iniciar a leitura se desprenda da paixão por políticos, caso contrário lhe sugiro que nem continuem.

Os projetos políticos, na verdade fazem parte de um sistema de perpetuação no poder e com o único intuito de favorecer seus grupos, com o advento da pulverização das redes sociais piorou, ao invés de melhorar. Nem vou comentar das Fake News que aumenta consideravelmente com a proximidade das eleições, quem propaga de forma proposital nem mal carácter deveria ser chamado, mas criminoso pelo mal que faz na sociedade.

Devíamos utilizar essas ferramentas digitais de obter informações com maior facilidade para cobrar os agentes públicos eleitos, mas infelizmente a maior parte de nossa população não se dá o trabalho nem de realizar uma pequena pesquisa sobre o candidato. A classe política já sabe da força das redes sociais atualmente, agora sua utilização é pura encenação, maioria das vezes sem conteúdo relevante para comunidade, lindas fotos, palavras de impacto e até vídeos bem produzidos.

Penso se esses políticos vivem em outro planeta, não devem andar pela cidade, vendo e escutando da população os problemas, preferem lacrar com temas muitas vezes relevantes, porém distante de nossas realidades diárias. Quando estão em um departamento público, na grande maioria é para resolver um problema individual e não coletivo. Quando você pensa, opa chegou sangue novo, o novo é pior que o velho, político Tik tok é somente embalagem, conteúdo zero.

Agora a culpa é exclusiva nossa, que continuamos a praticar os mesmos erros, votando em políticos que só pensam no povo como matemática (voto + voto = Eleição). Igual copa do mundo, a cada 4 anos aparecem nos bairros, conversam com os pobres, pagam churrasco, bebida, gasolina, contratam cabos eleitorais, de fato uma eleição não custa barato. E quem paga essa farra toda, somos nós mesmos, nem digo somente pela farra do fundão eleitoral, mas empreguismo público, empresários que continuam financiando campanhas para conseguir vantagens com o poder público.

Enquanto isso sofremos com a ineficácia dos serviços públicos em nosso dia dia, alias a grande maioria de nossos políticos não se utilizam dos serviços públicos de transporte, saúde, educação e dentre outros.

Minha indignação em relação a tudo isso nem é pensando em uma mudança para minha pessoa, mas em virtude das gerações futuras, será que meus netos vão conseguir ver uma realidade diferente?

Written by Nilton Bleichvel

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