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Polícia Militar fecha local destinado à prática de “rinha de galo” em Itajaí

Na noite desta sexta-feira (16), por volta das 21:30h, a Polícia Militar recebeu denúncia anônima que na avenida Itaipava, bairro Itaipava, municipio de Itajaí, nos fundos de um bar, existia uma “rinha de galo” e que todos os finais semana aconteciam eventos relacionados a essa prática criminosa, e que nesta sexta-feira, 15/10/2021, por volta das 21:45 estaria acontecendo mais um evento de maus-tratos contra animais (“rinha de galos”).

Chegando no local, a guarnição verificou a presença de diversos veículos, porém poucas pessoas no interior do bar, o que gerou uma fundada suspeita que nos fundos estaria realmente acontecendo os maus-tratos.

Diantes dos fatos constatados e do grande número de pessoas no local foi solicitado apoio de outas guarnições e do TÁTICO. Em seguida, ao adentrar no local diversas pessoas começaram a empreender fuga em direção a mata e algumas correram na direção das guarnições. Dessa forma, foi preciso utilizar o meio não letal (1 jato de spray de pimenta) para repelir a injusta agressão iminente.

Posteriormente, com o auxilio das guarnições foi realizada a busca pessoal nos abordados e todos cadastrados – acima de 20 pessoas permaneceram no local. Contudo, outros lograram êxito na fuga , no momento da chegada da Polícia Militar. Vale ressaltar, que a grande maioria escolheu permanecer em silêncio quando questionados o que faziam no local.

Por outro lado, o dono do estabelecimento, um homem de 44 anos, natural de Foz do Iguaçu/PR, quando indagado relatou que é proprietario do local, que naquela noite, 15/10/2021, organizou um evento de briga de galos e que assume a posse dos galos encontrados no local (62 galos).

Em ato continuo após estabelecido controle e segurança e da área, foi constatado no interior do galpão, nos fundos do bar, uma completa estrutura destinada a prática de “rinha de galos” e em volta dessas estruturas uma arquibancada para acomodar apostadores, cadeiras com nomes demarcados, um quadro negro onde eram anotadas as biometrias das aves e um papel com anotações com o nome dos apostadores e o “número da briga”, totalizando 30 até a chegada da guarnição e um armário com diversos compartimentos e em cada compartimento possuía um galo “armazenado”.

Também eram ofertados aos participantes serviços de bar e cozinha.

O local não possui câmeras de monitoramento interno.

A ocorrência foi filmada por câmera policial, a fim de subsidiar a futura instrução criminal.

Diante dos fatos, foi lavrado um Termo Circunstanciado pelo crime de maus-tratos contra animais em desfavor do proprietário do estabelecimento, que se comprometeu a comparecer em juízo quando intimado pelo Juizado Especial Criminal, assim como qualificados os demais participantes. Posteriormente, todos foram liberados no local. Os 62 animais, porém, foram apreendidos e permaneceram na posse do autuado na condição de fiel depositário, estando proibido de vender, usufruir ou emprestar, até deliberação do juízo competente, sob pena de responder pelo descumprimento.

Written by Nilton Bleichvel

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